quarta-feira, 17 de junho de 2009

Minhas vontades


Eu quero que todos pensem

Que eu não sei de nada.

Porque na verdade eu não sei,

Eu nasci pra conhecer,

O farol que ilumina a terra,

A aquarela do entardecer,

O luar no dorso daquela serra,

Eu nasci para aprender.


Eu quero que todos pensem,

Que eu sou um nada.

Porque na verdade eu sou,

Um nada,

Que nada sem direção

E que convive com essa demanda

Que vive dizendo que manda

Nas plantas que outros plantam.


Eu quero que todos pensem,

Que o que eu penso, é penso;

Por que na verdade,

Eu ainda não conheci a verdade.

Caminho por essas faculdades

Praticando lições de convivência,

Exercitando minha consciência

E almejando amizades.


Reconheço a minha ignorância,

Para percorrer as distâncias,

E conhecer as entranhas

Desse globo iludido.

Para entender as artimanhas

Das manhãs cheias de manchas

E que logo se desmancham

Deixando o povo desiludido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário